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5 de setembro de 2012

Eu sinto falta. É difícil, e até dói admitir. Eu prometi que não seria assim, prometi isso a mim mesma, que não ligaria, e que viveria sem. Mas eu sinto. E isso está se tornando maior do que eu. Talvez, por qualquer consequência, eu não sinta falta de você por si só, e sim de como eu era ao seu lado, ou só com a ideia de que tudo era de verdade. Era tudo aquilo de verdade? Capitulo de mistério em livro de romance bobo. Sabe quando se sente um vazio, não tão a fundo, e sim na superfície de si mesmo? Quando a dor, a falta e a ausência podem ser resolvidos ou substituídos por outro alguém, um abraço forte qualquer ou um pote de sorvete? Não é isso. A falta que sinto de você é algo que toca bem lá dentro, onde ninguém nunca conseguiu chegar, nem jamais sair. Saia, ou não... Só... fique? E prometa que se sair, vai levar tudo o que tenho de você. Injustiça, você levou partes de mim também. Clichê. E desde aquele dia em que o sol não voltou, toda noite fico no escuro de olhos selados, e por entre lágrimas solto risinhos indisfarçáveis ainda sentindo você segurando minha mão com força para me mostrar aquela estrela longe, e o seu abraço inesperado mostrando o quanto você está perto. Estava perto. Só, por favor, fique lá fora, na chuva e frio, sem nem suspeitar se vou abrir a porta, ainda esperando que eu te abrace dizendo "sim, eu aceito" e aí estaríamos de volta, como em qualquer outro livro de romance bobo e crescido. Ou só vá embora de uma vez, por inteiro. Todos dizem "coisas ruins acontecem por um motivo". É incrível como eu já tinha a exata ideia de como seria o "fim" desse filme. É fim e eu ainda não fui embora.

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