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4 de outubro de 2012


Eu só queria uma casa com quintal e cadeira de balanço. Meu pai senta-se a noite com as luzes apagadas, cena de filme. Seu cigarro brilha no escuro, é um dos primeiros que o vejo chegar perto, não é de costume. A sala está em silêncio, e a TV está desligada desde a partida dele. Passo sem um comentário ou suspiro, eu sei que não deveria estar em casa, não agora. Na ponta dos pés e adrenalina no corpo, vou ao quarto principal onde minha mãe olha para o álbum de fotos pela décima vez esse mês. Ouço-a recordando antigas citações e doces sonhos. Mas eu me esqueci como sonhar, e eles também. 

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