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15 de setembro de 2012

A flor vai morrer, até cair do vaso de uns anos atrás sob a mesa de centro.
Vai acontecer, exatamente como a vovó falou.
Dizia ela que iria ser bem rápido, sem percebermos. Mas eu sei que mamãe percebeu, desde o começo. Estátua era ela parada de frente para aquela rosa que nunca vi de um botão tão grande, se balançando em câmera lenta naquela velha cadeira de balanço que arranhava a tinta do piso de "madeira".
Todos carregaram aquela flor por longo tempo, peso nas costas, beleza para os olhos.
A flor vai morrer, até cair do vaso de muito menos de cem anos sob a mesa que nunca vi tão no centro. A flor vai se ir. E vovó já sabia disso.

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