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28 de janeiro de 2013

Então faça. Obrigue-me a te escutar antes mesmo do intervalo do meu programa favorito. Desligue o rádio do carro, respire fundo e me conte.
Esse é o ponto. Não fique calado... Eu ainda não tenho o superpoder de adivinhar o que se passa em sua cabeça, ninguém têm.
Pare de olhar pela janela por um minuto só, vire-se para mim. Esqueça as tentativas de fuga, você está fugindo de si mesmo.
Jogue o lençol no chão, levante da cama fazendo o contorno na cabeceira e arruíne meu sono. Faça-me perder a noite te escutando, gritando. Roube minha xícara de café pela manhã e arranque o jornal de minhas mãos. Incomode-me e me atormente, só não fique parado do outro lado da sala, observando eu achar que está tudo perdido.
Diga alguma coisa, nem que seja sobre o tempo. Nem que estrague a minha noite. 

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